CARL GAUSS

Finalmente o esperado dia chegou.

Depois de 7 anos de construção, minha máquina de viagem no tempo finalmente estava pronta.

 Apesar da decisão ter sido muito difícil, já que eu só poderia ir a um lugar, eu já havia a feito meses antes da finalização da construção da máquina.

Iria para 1796 quando Carl Gauss, um dos mais importantes matemáticos da antiguidade, decidiu começar o seu diário científico, que representa um dos mais preciosos documentos da história da matemática.

 Chegou a hora. Ajustei a máquina para onde eu quero ir,e entrei nela.

Tive uma sensação que tinha adormecido por um momento, mas logo percebi que eu estava em um lugar diferente que o abitual. Olhando em volta, eu vi que estava em uma espécie de cafeteria, mas não era uma cafeteria comum, ela parecia velha... Velha? A viagem funcionou!

 Ainda sem acreditar que tudo tinha dado certo, corri para fora da “cafeteria” para ter uma maior   noção da situação.

Tudo era exatamente igual aos livros de história que eu tinha lido. As ruas não são iguais a do presente, ou melhor, futuro? Haviam muitos cavalos levando pessoas de um lado pro outro, e ainda haviam pessoas indo a pé.

Fiquei um bom tempo observando a vista, haviam lindos pinheiros em volta da cidade...

Até que me lembrei o real motivo dessa viajem, que era pelo menos tentar ter um conversa com Gauss.

 Sabia que não seria fácil encontra-lo, já que eu não fazia ideia de em que lugar de Brunsvique ele estaria, mas mesmo assim não desistiria rápido.

Depois de ter tido esse pensamento, eu vi alguém com aparência familiar entrar na “cafeteria” que eu estava antes de sair para observar a cidadezinha. Só poderia ser ele! Com certeza estava um pouco diferente das fotos presentes em suas biografias, mas só poderia ser ele!

 Entrei no estabelecimento e segui até a mesa que o cientista estava sentado, e tentei parecer o mais natural possível.
-Senhor Gauss! – disse a ele, em alemão, é claro.
-Olá senhorita, nos conhecemos ? –respondeu ele de uma forma simpática porém confusa.
- Não...Quer dizer eu te conheço, mas você não me conhece. Eu estou de visita na cidade, e gostaria de saber mais sobre você...

Ele olhou firme pra mim, claramente confuso com a situação. Eu já esperava uma reação daquelas, eu não tinha uma aparência Europeia, e não estava vestida muito adequadamente a aquela época, porém, mesmo com uma expressão de receio no rosto, Carl aceitou conversar comigo.

Sentamos em uma mesa vaga, e começamos a ter uma conversa que me parecia muito formal.

Ouvi coisas espetaculares sobre o seu trabalho, inclusive a ideia de começar um diário cientifico.

 Horas e horas de conversa se passaram como se fossem cinco minutos, e percebi que já estava na hora de voltar para o presente.

Infelizmente tive que me despedir dele. E fui em direção a um lugar para esperar que a máquina me sugasse de volta.

No caminho, fiquei pensando na grande experiência que tive e no quanto foi bom ter conversado com ele...